16 de Abril - Dia Mundial da Voz



Assista ao vídeo da campanha do dia Mundial da Voz - 16 de Abril




Clique na imagem abaixo para acessar as principais perguntas e dúvidas que as pessoas tem sobre a voz:





DICAS PARA VOCÊ SER AMIGO DA SUA VOZ!


  • Fale sem esforço e articule bem as palavras
  • Mantenha uma boa postura corporal ao falar ou cantar
  • Beba 2 litros de água diariamente
  • Durma bem
  • Tenha uma alimentação saudável rica em frutas e proteínas
  • Use vestuário confortável
  • Procure reduzir a quantidade de fala durante quadros gripais, crises alérgicas e período pré-menstrual
  • Evite falar por longos períodos, principalmente em ambientes ruidosos
  • Evite pigarrear, gritar e dar gargalhadas exageradas
  • Evite ingerir leite e derivados, bebidas gasosas, chocolate antes de utilizar a voz continuamente
  • Evite ingerir álcool em excesso, bem como outras drogas
  • Cuidado ao cantar inadequadamente ou abusivamente
  • Esteja atento aos primeiros sintomas de alteração vocal como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão
  • No caso de problemas vocais, procure um fonoaudiólogo e um médico otorrinolaringologista.


Referência Bibliográfica:
- Andrada e Silva MA. Saúde Vocal. In: Pinho SMR. Fundamentos em Fonoaudiologia: tratando os distúrbios da voz. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 1998. pp. 119-125.
- Behlau M, Pontes P. Higiene Vocal: cuidando da voz. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2001.
- Pinho SMR. Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz. 2ª ed. Carapicuiba/SP: Pró-fono, 1999

As inflamações nos seios paranasais e o processo fonatório


As inflamações nos seios paranasais e o processo fonatório estão completamente interligados. Os seios paranasais situam-se anatomicamente no nariz interno e são cavidades que estão localizadas ao lado do nariz interno e comunicam-se por canais. As estruturas  formadoras dos seios paranasais são o maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal. As fossas nasais apresentam uma grande importância na respiração, olfação e fonação.

Dentro do processo respiratório ele apresenta a função de purificação; pois é composto por vibriças em todo seu vestíbulo que purificam o ar. Apresenta ainda a função de antibactericida com a produção de muco. Permitindo ao ser humano uma respiração asséptica e filtrada. O muco nasal atua diretamente sobre as bactérias e alguns medicamentos, as mudanças de temperatura e a diferença de umidade do ar podem afetar o batimento ciliar destas células, afetando diretamente a purificação do ar inspirado.

 Para a qualidade vocal, as caixas paranasais junto com os seios nasais apresentam função direta na fonação, atuando como uma caixa de ressonância e afetando de maneira objetiva na qualidade vocal. A presença de muco ou secreção inflamatória acometem a qualidade vocal, ocasionando mudança na formação da voz. As pregas vocais podem apresentar inflamação e um muco mais espessado, ocasionando tosse, pigarros e consequentemente uma voz com qualidade áspera, rouca , ou ainda de baixa intensidade.

A baixa hidratação, o uso de alimentos que favoreçam o aumento de secreção, o abuso vocal, a falta de conhecimento dos seus limites de intensidade vocal, as noites mau dormidas, o uso demasiado e sem orientação médica de pastilhas e xaropes; podem piorar a funcionalidade da laringe. Em alguns casos o paciente pode apresentar disfonia e em casos mais graves afonia.


Quando devo procurar um fonoaudiólogo para o meu filho?

Quando devo procurar um fonoaudiólogo para meu filho? Esta é uma pergunta muito frequente e comum dentro dos consultórios médicos. Na maiorias das vezes as crianças que não balbuciam ou vocalizam nada até um ano de idade despertam aos pais certa preucupação pela ausência das primeiras palavrinhas como mamãe e papai que surgem por volta desta idade. E a comparação com outras crianças torna-se inevitável pois sempre existe uma criança na família, ou um filho de uma amiga que já vocaliza alguns sons.É muito importante entender que cada criança tem o seu ritimo  esperado e o fator estimulação interfere de maneira preponderante no aprendizado de fala da criança.

É importante observar os sinais que as crianças apresentam desde os primeiros meses de vida. Quando sua criança apresentar um comportamento muito intimista, com falta de interesse para os sons e não procurar a fonte de algum barulho durante as brincadeiras, ou não procurar o barulho da chave, a porta fechando ou a voz do adulto, sua criança pode apresentar alguma alteração auditiva que deverá ser devidamente avaliada com exames específicos de audição. Atualmente muitas maternidades realizam o teste da orelhinha que é realizado nos primeiros dias de vida da criança, este exame consegue detectar perdas auditivas de maneira a auxiliar em um diagnóstico e tratamento precoce, minimizando de maneira satisfatória as intercorrências das alterações auditivas. Mas se sua criança não realizou este exame ao nascer você pode solicitar ao pediatra uma avaliação audiológica e este achando necessário, irá encaminhar a criança para exames específicos.

As crianças que apresentam fala restrita de vocabulário até aos dois anos, também merecem atenção. Estas por sua vez falam; porem seu vocabulário é restrito, pobre, desconexo e mau aplicado. Na maioria das vezes são crianças muito agitadas ou muito retraídas que apresentam dificuldade para expressarem o que querem e utilizam da expressão gestual, como apontar o que querem e evitam a fala. Estas crianças quando não compreendidas podem apresentar comportamento agressivo, choro e intolerância no convívio social, podendo ainda apresentarem atraso motor e alterações neurológicas. As crianças que apresentam recidivas de otites de repetição, inflamações de garganta, adenoide,dificuldade para alimentar os sólidos apresentando engasgos de repetição merecem atenção especial.

Se você ainda observar que sua criança evita o contato visual com você e outras pessoas, não socializa-se com outros coleguinhas, grita e chora evitando a fala, procure um fonoaudiólogo para melhor orientá-lo e não deixe de levá-lo ao pediatra para as devidas indicações clinicas. As crianças que apresentam também dificuldade em se interessarem por brincadeiras em grupo e preferem a televisão ou brincarem sozinhas merecem atenção quanto ao seu comportamento social, que irá interferir de maneira direta no processo de fala.

Quando sua criança apresentar uma fala com trocas de fonemas e persistindo por um período trocando por exemplo o fonema /r/ pelo /l/ e dizendo balata ao invés de barata ele deve ser avaliado por um fonoaudiólogo que irá apresentar um diagnóstico preciso sobre esta alteração.  

As gagueiras são comuns de acontecer na primeira infância e as consideramos como fisiológicas e tendem a desaparecer em um curto espaço de tempo; podendo em alguns casos apresentarem recidivas. Mas as gagueiras patológicas que persistem por um longo tempo e fazem com que as crianças apresentem grande tensão ao falar e muita timidez estas devem ser avaliadas e tratadas pelo fonoaudiólogo.

Em casos de dúvidas quanto a produção de fala do seu filho procure um fonoaudiólogo para melhor orientá-lo.





A rouquidão na infância

A rouquidão na infância acontece devido a uma série de fatores desencadeantes da produção vocal desta criança. Na infância muitas crianças apresentam uma produção vocal com esforço, ataque vocal brusco e isto se deve ao fato das brincadeiras realizadas em um grupo maior de crianças, imitação de personagens de desenhos e filmes, competitividade da altura da voz com o barulho do ambiente, fator genético, fator nutricional e ainda doenças anatômicas de base. Existem crianças que desde as primeiras palavrinhas observam-se o tom rouco-áspero de sua voz e devem ser investigados quanto a presença de má formação anatômica, presença de nódulos ou fendas, refluxo gastroesofágico, disfagia, esofagites, faringites ou laringites de repetição e ainda os processo alérgicos.

As crianças ainda podem apresentar esta rouquidão devido aos fatores emocionais que são decorrentes de hiperatividade ou irritabilidade excessiva. A ingestão de líquidos em temperatura gelada , exposição contínua em ambientes com ar condicionado ou ventilador podem ocasionar também à alteração vocal. Em quadros de crianças entubadas por um longo tempo devido a prematuridade ou alterações posteriores ao nascimento, elas podem apresentar também um padrão vocal alterado.


O abuso vocal das crianças deve ser tratado com técnicas específicas para higienização e orientação quanto aos padrões da emissão vocal e conscientização do padrão de produção vocal. A criança precisa entender como acontece a produção vocal, para que a mesma conscientize quanto ao seu problema. Abaixo veja algumas situações que podem favorecer o abuso vocal da criança:

  1. Hidratação inadequada; ou seja a criança que ingere pouco ou quase nada de líquido.
  2. Gritar durante as brincadeiras.
  3. Cantar sem orientação vocal específica.
  4. Ingerir alimentos desprovidos de valor nutricional.
  5. Realizar atividades físicas e conversar ao mesmo tempo.
  6. Tossir com exagero.
  7. Chorar em qualquer situação.
  8. Tentar falar alto em ambientes ruidosos.
  9. Envolver-se em discussões frequentes.
  10. Exposição à ambientes secos e empoeirados.

Se o seu filho apresenta alguns destes sintomas acima, procure um fonoaudiólogo.

Atuação fonoaudiológica na escola

A atuação fonoaudiológica na escola , baseia-se em prevenção e promoção à saúde. Dentro da instituição de ensino o fonoaudiólogo é o parceiro do corpo docente, orientando e auxiliando nas mais variadas situações em que implicam uma abordagem direta e objetiva para os pais, professores, alunos e os demais profissionais envolvidos no funcionamento escolar. O Fonoaudiólogo é o profissional qualificado para detectar os primeiros sinais de distúrbios de aprendizagem, atraso de fala, gagueira, dificuldades auditivas, troca de grafemas e patologias que podem associar-se de forma direta ao desenvolvimento intelectual e social deste aluno.


A atuação fonoaudiológica na escola jamais será terapêutica, porém será notoriamente observado uma melhora significativa do aluno que é acompanhado por uma fonoaudióloga com abordagem escolar ; pois a aproximação do educador e do terapeuta favorece uma abordagem específica para a dificuldade da criança. Podendo ser elaborado atividades específicas que venham favorecer o ganho e a conquista do aprendizado por meio de uma estimulação específica na dificuldade da criança. Um exemplo simples seria a dificuldade da criança em entender as cores e os sons das letras, que quando não aprendidos de maneiras correta a criança consequentemente apresentará uma limitação na produção dos sons ou até mesmo poderá não conseguir emitir este fonema. Muitas crianças apresentam também dificuldades respiratórias como renites ou sinusites de repetição e consequentemente apresentarão lábios entreabertos que ocasionará em línguas mau posicionadas e arcada dentária comprometida.


Todos estes sinais e muitos outros são observados dentro do âmbito escolar e os pais devem ser orientados a procurarem o pediatra ou demais profissionais da saúde para avaliações específicas de cada caso. Até mesmo o lanche que sua criança leva à escola pode interferir de maneira significativa a favorecer ou prejudicar o fortalecimento dos músculos da face que são responsáveis pela produção da fala. O comportamento social das crianças também nos diz muito sobre a forma como eles se percebem no mundo e as alterações psico-social , emocional e comportamental dos transtornos do déficit de atenção e hiperatividade e até mesmo do autismo ou outras alterações neurológicas podem ser detectadas sobre um olhar terapêutico e confirmados com avaliação clinica específica em consultório médico. Desta forma o fonoaudiólogo irá orientar a quais profissionais esta família deve procurar.


O fonoaudiólogo atua de forma direta também junto a equipe de educadores promovendo treinamento e orientação específica para os processos de aprendizado, intervindo também na criação de projetos, palestras e materiais  para desenvolver e otimizar o trabalho do professor com dificuldades específicas. A atuação fonoaudiológica na escola agrega valor incomparável para a instituição de ensino. O trabalho com os professores oferece aos mesmos orientação sobre os cuidados da produção vocal , articulação da fala, oratória, dentre outros. Promovendo a saúde deste profissional e intervindo com prevenção em relação à saúde vocal e auditiva do mesmo; orientando também quanto a articulação fonatória e expressão corporal dele em relação aos alunos.